(QUASE) TODAS

  

A francesa Joana ficou de trazer a vida

na nau holandesa que depois queimou...

A Rita dançou poesia ao luar, prometida.

Divulgou Carolina também na idade de flor!

 

Da janela a Beatriz é a mais bonita?

Januária estava envolvida de amor?

Quem ria com Lia sem fingir na avenida?

Bárbara dançava sob desejo e calor? 

 

Seus olhos d’água que refletem o mar

soam notas precisas. Em que tom se vê?

A essência da tatuagem e a Nina no olhar...

 

Me porto no cais sob um pedaço de mim

pra ouvir a Maninha e a Violeira dizer,

e penetrar corações, historiar em folhetim!

 

Wagner Azevedo Pereira

O soneto está publicado na revista on line LiteraLivre Vol. 7 - nº 39 – mai./jun. de 2023, p. 194 – ISSN 2595-363X SNIIC: AG-67335 Jacareí – SP - Brasil

© 2022 Todos os direitos reservados a Wagner Azevedo Pereira (Este texto não pode ser publicado total ou parcial, de qualquer forma ou por nenhum meio sem a autorização do autor – Sujeito às penalidades da Lei nº 9.610/98). 

O POETA QUE QUER NASCER

Eu quereria escrever palavras bonitas

pra você não resistir a nenhuma delas!

Quando penso que consegui as escolhidas

Todas fogem pulando minhas janelas!

Isso não se faz com ninguém, jamais

que quer viver um momento esperado!

Por isso que os poetas não nascem mais!

Eu só quereria prender a sua atenção

para você vir sem nem saber o motivo...

de encontro com harpa e real ascensão

que imagino só nesse poema preciso...

Agora o contrato é tácito e não revelado:

Enquanto a palavra no papel não vem

Simplesmente eu canto, não me calo!

Wagner Azevedo Pereira

O soneto está publicado na revista on line LiteraLivre Vol. 7 - nº 38 – Março/Abril de 2023, p. 160 – ISSN 2595-363X SNIIC: AG-67335 Jacareí – SP - Brasil

© 2022 Todos os direitos reservados a Wagner Azevedo Pereira (Este texto não pode ser publicado total ou parcial, de qualquer forma ou por nenhum meio sem a autorização do autor – Sujeito às penalidades da Lei nº 9.610/98). 

 

ELEGÂNCIA

Que o amor invadisse bem sua alma

e lhe deixasse sem saber o que fazer

com a delícia, carinho que acalma

disputando com o tempo pra vencer.

Vencer a distância que separa nós dois

e provocar o destino traçado a emitir:

a felicidade que não se deixa pra depois,

a mocidade pronta para nos permitir.

Sua elegância desperta sem intenção!

Nem sei falar nada sobre o seu olhar,

no andar mais que o poema da canção

desfila e sempre nos deixa sem esperar

o canto lírico tonal de verbivocovisão

num soneto elegante, sob luz cris ou lunar!

Wagner Azevedo Pereira

O soneto está publicado na revista on line LiteraLivre Vol. 7 - nº 37 – Jan./Fev. de 2023, p. 138 – ISSN 2595-363X SNIIC: AG-67335 Jacareí – SP - Brasil

© 2022 Todos os direitos reservados a Wagner Azevedo Pereira (Este texto não pode ser publicado total ou parcial, de qualquer forma ou por nenhum meio sem a autorização do autor – Sujeito às penalidades da Lei nº 9.610/98).